segunda-feira, 10 de maio de 2010
ZAMBO em Recife- na mídia
Remontado para a turnê européia comemorativa aos 15 anos do Grupo Experimental, em 2009, esta nova versão do espetáculo ZAMBO teve sua estreia no Recife, sábado passado, 08.05. Teatro Barreto Júnior lotado para ver ou rever ZAMBO na abertura do Festival Palco Giratório Recife. Energia maravilhosa!
A imprensa pernambucana repercutiu a estreia.
Abaixo a matéria de Pollyana Diniz, do Diario de Pernambuco. Obrigada!
Contemporâneo // Chico Science é adepto da dança
Levar ao palco, através da linguagem da dança contemporânea, o movimento Manguebeat. Esse foi o desafio do Grupo Experimental ao montar o espetáculo Zambo, em 1997, mesmo ano em que Chico Science faleceu num acidente de carro. Ano passado, mais de dez anos depois, o espetáculo foi remontado. Ganhou novo elenco, algumas cenas, figurino - e uma importância a mais: reverberar um movimento que ecoa ainda hoje na cultura e, mais especificamente, na música pernambucana.
Logo que remontou o espetáculo, o Grupo Experimental saiu em turnê pela Europa. Mesmo sem necessariamente conhecerem o Manguebeat, os europeus ficaram instigados com a musicalidade presente na coreografia. Apresentar o espetáculo aqui no Recife, no entanto, tem um sabor especial. Ainda mais agora, quando o grupo foi escolhido pela curadoria nacional do Sesc para fazer parte do projeto Palco Giratório. Com esse espetáculo, primeiro de maior repercussão da companhia e o mais recente, Conceição, o Experimental vai se apresentar em 41 cidades brasileiras.
No último sábado, a sessão de Zambo foi no Teatro Barreto Júnior, na abertura do Palco Giratório em Pernambuco. Depois de algumas palavras de José Manoel, diretor e coordenador de Cultura do Sesc Pernambuco, caranguejos invadiram o palco. A música, em alguns momentos, foi ao vivo, ao som, por exemplo, da alfaia. Nos movimentos, a multiculturalidade proposta pelo mangue. Os passos das rainhas do maracatu. A influência do afoxé, do caboclinho, da música eletrônica. Em determinado momento, os caranguejos-bailarinos chegam pelas paredes, apoiados no parapeito de madeira nas laterais do teatro.
A sincronia, mas ao mesmo tempo, a singularidade dos sete bailarinos fazem jus ao movimento mangue. Numa coreografia principalmente baseada em movimentos no chão do palco, um dos destaques é o momento em que seis deles dançam em pares, como se os corpos fossem um só, extensões. Como caranguejos que andam de lado, mas têm os ouvidos muito abertos ao mundo - movimento repetido várias vezes. E nos pegamos, no meio da coreografia, identificando referências, desmembrando musicalidades, percebendo mesmo o quanto tudo isso já foi incorporado realmente ao nosso cotidiano. (Pollyanna Diniz)
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